sábado, 21 de junho de 2008

Em Teus Braços


Em teus braços encontro conforto,
com teus abraços me sinto completo.
Me aperta forte e não me deixe solto,
para que quando eu for embora continue te sentindo perto.

Em teus lábios encontro um tesouro,
nos teus beijos eu sinto desejo,
Me beija com sede e sacie a saudade,
para que eu leve sempre comigo o gosto da felicidade.

Não fale do passado, vivamos o presente!
Te quero perto e também as vezes ausente,
para que quando tu voltares
me encontre sempre cheio de saudades.

Quero ser o instrumentista que toca seu coração,
conhecer cada ritmo, compasso e nota da canção
que flui de dentro do seu peito,
que ouço toda as vezes que te dou um doce beijo.

Que tu sejas todos os dias um sonho meu
e que todas as manhãs estejas ao meu lado,
que nosso amor seja selado por Deus,
até que nosso tempo aqui tenha terminado.

Porque em teus braços encontrei abrigo,
em teus lábios descobri o sentido
para uma vida futura,
repleta de eternas alegrias e não de amarguras.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Grito de Socorro


Há dentro de mim um grito de socorro
sendo sufocado.
Havia um fogo queimando
mas ele foi apagado.
Irresponsabilidade do responsável
por conta de uma atitude deplorável
esqueceu-se do seu turno. Lamentável!

A morte falou pra vida - Estou sempre a flertá-la.
A vida respondeu pra morte - Contigo não tenho nada.
O mundo de nós nunca desiste
todo o nosso tempo ele sempre nos exige.
O tempo falou pro tempo que o tempo não tinha tempo
de ver os amigos.
Sabe como é que é são tantas coisas,
são tantos compromissos!

Olha o que passou! Foi o vento!
A nuvem se dissipou num momento.
O alimento acabou, estragou
a água nunca mais jorrou, cessou.

E o tempo não pára,
todo dia ele passa
diante do meus olhos.

Um grito se cala
lá de dentro não se ouve mais nada.
Segue adiante o ócio
em meio a esse caos,
desesperança total.

Eis que recebo uma carta,
a mim endereçada,
alguém ouviu o grito de socorro
alguém enfim percebeu a falta
de vida em meu rosto.

Lendo a carta eu descubro
que meu Socorro me ouviu,
mas antes se erigiu,
depois meu Socorro sumiu,
depois Ele ressurgiu,
depois meu Socorro subiu
e lá de cima Ele me viu.
Lá de cima por ele me ouviu gritar
do mais profundo do meu ser
Ele pôde me escutar.
Enviou um outro responsável
para novamente o fogo atear.
Responsável esse que não deixa
mais o fogo se apagar.

Hoje, novamente, há um grito de socorro dentro de mim.
Mas dessa vez o meu consolo é
que em mim Cristo vive enfim.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Espelho


Amanheceu,
Me olho no espelho
e não vejo eu.
O que contemplo é algo obtuso,
um pouco triste
um pouco confuso.
Um mundo de um habitante só
que as vezes se sente só,
com sentimentos seus
que alguns insistem em duvidar que seja.

Entardeceu,
nada mudou.
Só as mãos ensanguentadas
de tantos insistentes murros
em pontas de facas
que nunca ninguém amolou.
O tempo não passa,
ou passa, ou finge que passa,
ou que já passou,
pois mantém-se as feridas
das pontas de facas
dos murros que nelas foram desferidas.

Anoiteceu,
posso desacelerar.
Não existe saudade do dia,
disseram-me que eu confundia,
que o que pra mim era certeza,
na realidade era tolice e mentira.
Engano para o meu próprio engano,
insano que pensava estar amando.

O jeito é por a cabeça no travesseiro
e ver a vida do avesso,
reconsiderar o acerto e vê-lo como erro,
me apegar a distância
e me afastar do apego.
Talvez assim, quando amanhecer,
verei alguém diferente
me olhando no espelho.

Espero que eu não estranhe quando vê-lo!