
Há dentro de mim um grito de socorro
sendo sufocado.
Havia um fogo queimando
mas ele foi apagado.
Irresponsabilidade do responsável
por conta de uma atitude deplorável
esqueceu-se do seu turno. Lamentável!
A morte falou pra vida - Estou sempre a flertá-la.
A vida respondeu pra morte - Contigo não tenho nada.
O mundo de nós nunca desiste
todo o nosso tempo ele sempre nos exige.
O tempo falou pro tempo que o tempo não tinha tempo
de ver os amigos.
Sabe como é que é são tantas coisas,
são tantos compromissos!
Olha o que passou! Foi o vento!
A nuvem se dissipou num momento.
O alimento acabou, estragou
a água nunca mais jorrou, cessou.
E o tempo não pára,
todo dia ele passa
diante do meus olhos.
Um grito se cala
lá de dentro não se ouve mais nada.
Segue adiante o ócio
em meio a esse caos,
desesperança total.
Eis que recebo uma carta,
a mim endereçada,
alguém ouviu o grito de socorro
alguém enfim percebeu a falta
de vida em meu rosto.
Lendo a carta eu descubro
que meu Socorro me ouviu,
mas antes se erigiu,
depois meu Socorro sumiu,
depois Ele ressurgiu,
depois meu Socorro subiu
e lá de cima Ele me viu.
Lá de cima por ele me ouviu gritar
do mais profundo do meu ser
Ele pôde me escutar.
Enviou um outro responsável
para novamente o fogo atear.
Responsável esse que não deixa
mais o fogo se apagar.
Hoje, novamente, há um grito de socorro dentro de mim.
Mas dessa vez o meu consolo é
que em mim Cristo vive enfim.
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