segunda-feira, 9 de junho de 2008

Grito de Socorro


Há dentro de mim um grito de socorro
sendo sufocado.
Havia um fogo queimando
mas ele foi apagado.
Irresponsabilidade do responsável
por conta de uma atitude deplorável
esqueceu-se do seu turno. Lamentável!

A morte falou pra vida - Estou sempre a flertá-la.
A vida respondeu pra morte - Contigo não tenho nada.
O mundo de nós nunca desiste
todo o nosso tempo ele sempre nos exige.
O tempo falou pro tempo que o tempo não tinha tempo
de ver os amigos.
Sabe como é que é são tantas coisas,
são tantos compromissos!

Olha o que passou! Foi o vento!
A nuvem se dissipou num momento.
O alimento acabou, estragou
a água nunca mais jorrou, cessou.

E o tempo não pára,
todo dia ele passa
diante do meus olhos.

Um grito se cala
lá de dentro não se ouve mais nada.
Segue adiante o ócio
em meio a esse caos,
desesperança total.

Eis que recebo uma carta,
a mim endereçada,
alguém ouviu o grito de socorro
alguém enfim percebeu a falta
de vida em meu rosto.

Lendo a carta eu descubro
que meu Socorro me ouviu,
mas antes se erigiu,
depois meu Socorro sumiu,
depois Ele ressurgiu,
depois meu Socorro subiu
e lá de cima Ele me viu.
Lá de cima por ele me ouviu gritar
do mais profundo do meu ser
Ele pôde me escutar.
Enviou um outro responsável
para novamente o fogo atear.
Responsável esse que não deixa
mais o fogo se apagar.

Hoje, novamente, há um grito de socorro dentro de mim.
Mas dessa vez o meu consolo é
que em mim Cristo vive enfim.

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